Sem saudade do futuro

Hoje eu estava em SP encerrando a orientação de Cláudia e Giuliana no curso de direito e informática da ESA. Após, fomos a um restaurante e encontramos Zé Renato.

Das variadas coisas que falamos em torno do avanço vertiginoso e do uso e abuso das tecnologias ficou claro que depositamos nelas muitas esperanças na solução dos atuais problemas da humanidade. É razoável acreditarmos que o mínimo que as novas tecnologias podem realizar é solucionar os problemas de gestão que aumentam com a complexidade da vida moderna ou pósmoderna. Mudanças desse tipo no judiciário é um bom exemplo de como o mundo poderia ser melhor num futuro próximo.

Ora, essa tese parece ser algo bastante óbvia, uma quase unanimidade. Certamente, poucos concordariam em admitir que tais mudanças mudariam pouco o grau de felicidade dos seres humanos. Todos cremos que haveria um salto qualitativo.

Eu tenho minhas dúvidas. Acho até que esses avanços estão mascarando problemas que tendem a crescer de forma imperceptível e quando surgirem com toda sua força será algo muito dolorido, catastrófico e indecifrável, tanto social como individualmente.

Eu, ao contrário de quando era criança, não estou mais com saudades do futuro. Talvez, porque esteja ficando velho.