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Vivemos uma transição complexa, muito além da chamada sociedade da informação. Isso porque esta é consequência daquela transição, de um modelo linear e cartesiano de pensar e ver o mundo, para um paradigma da complexidade que ao mesmo tempo reune e distingue o que separou-se e dicotomizou-se (herança dos gregos).
O paradigma cartesiano-newtoniano postula a racionalidade, a objetividade e a medição como únicos meios de se chegar ao conhecimento. A consequência é que estamos rodeados e programados para aceitar e realizar toda espécie de reducionismo.
São várias as transições para uma visão holística e complexa de mundo:
Da afirmação constante da certeza à legitimação e diálogo com a incerteza;
Do heterocontrole à auto-organização;
Da ordem planejada hierarquicamente à ordem emergente;
Da medição e domínio da natureza e toda realidade à convivência com o ambiente;
Da competição à cooperação." (ROVER, A J)
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo, Porto Alegre, Sulina, 3ª ed. 2007.