DE Aires J Rover, ex-editor chefe da Revista Sequência do CPGD - UFSC
Aproveitando a oportunidade, quero me manifestar sobre a revista seqüência, da qual fui editor chefe em 2008 e 2009.
Infelizmente, como todos sabem, a revista foi rebaixada pela capes e há profs que acham que a culpa é da gestão da revista, como manifestado na ultima reunião.
Eu não tenho dúvida que a seqüência é até o presente momento a melhor revista de direito do país e o seu rebaixamento se deu mais por motivos políticos que outra coisa. Quem conhece a história sabe... Mas quem não conhece nem viu com cuidado as últimas edições pode achar que a capes tenha razão.
Lembro a todos que quando recebi o encargo, a revista estava quase um ano atrasada.
Colocamos as edições em dia e promovemos todas as exigências da capes, como ter 70% de artigos com autores externos ao cpgd. Teve profs da casa que ficaram aguardando pelo menos uma edição para entrar na mesma. Além disso, implementamos a avaliação blind review através do 'publica direito' do conpedi. Quem enviou artigos sabe disso também. Indo na direção do que a capes exige para um programa 7, organizamos as 4 edições da revista com um alto índice de artigos estrangeiros de qualidade. Fizemos também a digitalização de todas as edições anteriores ao número 54 e publicamos com acesso aberto na página do CPGD.
Porém, um passo importante e difícil que estávamos iniciando era a indexação no Scielo. Estávamos também estudando outros indexadores. Mas não houve tempo para avançar. Infelizmente, por motivos outros, tive que sair. Na época, isso nem se notou e não houve muita preocupação com a transição da gestão. Eu, por exemplo, nunca fui chamado para uma reunião, seja com quem fosse. No máximo, houve encontros rápidos pelos corredores.
De qualquer forma, faço esse rápido relato para marcar esses pontos de avanço, esperando que o valor da nossa revista seqüência seja devidamente reconhecido.
AJR
Florianópolis, 31 de maio de 2010.